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TENHO DOENÇA CRÔNICA. E AÍ, POSSO ME EXERCITAR?


Entre as principais doenças crônicas não infecciosas estão: hipertensão, diabetes, doença renal crônica, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (como bronquite e asma) e doenças metabólicas (obesidade e dislipidemia).


Quem sofre de alguma dessas doenças costuma ter dúvidas sobre poder se exercitar e como fazer isso.


Sim, a grande maioria dos pacientes crônicos pode se exercitar. Há alguns exercícios que são mais recomendados de maneira geral, para quase todos os tipos de doenças crônicas, como os exercícios aeróbicos, como por exemplo a caminhada e a natação.


Entretanto, dependendo do problema, existem algumas restrições. Para os cardiopatas e hipertensos é importante que o cardiologista oriente quanto ao melhor tipo de exercício, frequência e intensidade para evitar complicações.


Para os pacientes idosos, também é importante observar que alguns possuem limitação de movimentos, o que faz com que certos exercícios sejam contraindicados sem acompanhamento especializado. Por outro lado, a musculação costuma ser importante para prevenir a atrofia dos músculos nessa população.


Descobrindo os benefícios da atividade fisica para o paciente crônico!


Os benefícios dos exercícios físicos vão além da questão estética, agindo inclusive como aliado contra os avanços das doenças crônicas.


Assim, as atividades físicas tornam-se responsáveis, junto com o tratamento medicamentoso correto, por reduzir a chance de complicações da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 


Alem disso, promovem a redução da gordura corporal, controle da pressão arterial, melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina, aumento do gasto energético, da massa e da força muscular, melhora da capacidade cardiorrespiratória, da flexibilidade e do equilíbrio, além de reforçar a sociabilização do paciente.



E se você é renal deve se informar mais a respeito!


Em um grande estudo de pacientes com doença renal crônica (DRC), atividade física de intensidade moderada de 2,5 a 5 horas por semana foi a quantidade ideal para proteção contra eventos cardíacos e renais e melhorar a sobrevida.


No entanto, o estudo também revelou uma relação em forma de U entre atividade física e eventos cardiovasculares graves. Ou seja, extremos de exercício podem induzir distúrbios do ritmo cardíaco (arritmias) em pessoas com doença renal e devem ser evitados.


A atividade física aumenta a sobrevida e protege contra eventos cardiovasculares na DRC e uma vez que progrida para doença renal terminal, os pacientes têm um risco 10 a 20 vezes maior de morte cardiovascular do que a população em geral, o que destaca a importância da atividade fisica e de retardar a progressão da DRC.


Manter a atividade física é fundamental em pacientes com doença renal. Os pacientes que passaram de altamente ativos para menos ativos tiveram duas vezes mais chances de ter um evento cardiovascular grave durante o acompanhamento, em comparação com os pacientes que permaneceram altamente ativos.


Procure o seu médico para prescrição correta da atividade física a ser realizada e não deixe de praticá-la!



Fonte: Eur J Prev Cardiol. Published online March 8, 2021.


Fonte: European Renal Association–European Dialysis and Transplant Association


Fonte: Clin J Am Soc Nephrol. 2014;9:1669-1670, 1702-1719.

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