Embora as sociedades científicas estejam reunidas em torno da meta de redução da ingestão de sal, elas frequentemente diferem quanto aos limites de sódio a ser ingerido. Por exemplo, o CDC recomenda um limite diário de 2.300 mg de sódio, o AHA reduz esse limite para 1.500 mg e a OMS fica entre eles, com 2.000 mg/ dia.
Simplificando, a quantidade de sódio que devemos ingerir ao dia é de 2.000 mg, ou uma colher de chá de sal de cozinha por dia, o que equivale a cerca de 5g de sal de cozinha ao dia.
Mas segundo a OMS, os brasileiros ultrapassam em muito este limite, chegando a 12g de sal todos os dias, ou pouco mais de 4.800 mg de sódio.
Além de não adicionar sal à comida pronta, devemos reduzir o consumo dos alimentos com sal escondido, sobretudo os industrializados e ultraprocessados.
Segue uma lista dos principais grupos de alimentos ricos em sódio:
⁃ Refeições congeladas
⁃ Alimentos em conserva e enlatados
⁃ Sopas e macarrões instantâneos
⁃ Fast food e salgadinhos
⁃ Carne seca ou curada
⁃ Condimentos e molhos
⁃ Embutidos e queijos
⁃ Pães e pizzas
⁃ Cereais
⁃ Refrigerantes
Qual é o sal mais saudável para o paciente renal?
Alguns sais em moda, como sal rosa do Himalaia, sal marinho e sal kosher, são ricos em sódio, mas por possuirem cristais de maior tamanho, menos sódio é fornecido por porção.
Por outro lado, o ‘sal light’, é reduzido em sódio, mas com a adição de cloreto de potássio e por isso pode não ser seguro para pessoas com doença renal crônica (DRC).
Assim, a melhor recomendação para indivíduos com DRC é evitar o sal light, reduzir a ingestão de sal (seja ele o sal refinado, rosa ou kosher) e usar ervas e temperos com baixo teor de sódio como substitutos, mas sempre revisando com seu médico e nutricionista.
8 DICAS de como restringir o sal na comida!
• Não colocar sal na comida sem antes experimentar
• Retirar o saleiro da mesa
• Evitar os alimentos industrializados e ultraprocessados
• Evitar alimentos em conserva ou frios em excesso
• Evitar molhos prontos, caldos prontos e glutamato monossódico ao cozinhar
• Usar sempre uma colher de café para adicionar o sal
• Substituir o sal por temperos naturais, como cebola, alho, salsa, cebolinha, coentro, limão e hortelã
• Ver nos rótulos a presença de sal embutido nos produtos.
Receita para se fazer o próprio sal de ervas!
A escolha das ervas depende dos gostos individuais:
1 maço de hortelã fresco
1 ramo de alecrim
1 ramo de tomilho
1 ramo de salsa
1 maço de manjericão
1 maço de coentro
1 maço de sálvia
10 dentes de alho
2 xícaras de sal marinho
Lave e seque bem as ervas escolhidas. Deixe descansar por 24h e então despeje numa assadeira, levando ao forno a 180° por 15 minutos. Bata no liquidificador e guarde num pote hermético por até 6 meses.
Fonte: Nutrinew Escola e @nutri.sandrinerocha
Recomendações para as políticas públicas de redução de sal
1. Os fabricantes de alimentos devem reduzir gradualmente o sódio nos alimentos para os níveis mais baixos possíveis.
2. Os governos devem continuar a monitorar os níveis de sódio e potássio em alimentos processados.
3. Rotular os substitutos do sal em alimentos processados para garantir que as pessoas que podem ser afetadas adversamente estejam cientes.
4. Monitorar a ingestão de potássio como substitutos do sal, sobretudo para grupos suscetíveis específicos.
5. Monitorar a ingestão de sódio e a ingestão de iodo em nível populacional para ajustar a iodização do sal ao longo do tempo e garantir ingestão suficiente, mas não excessiva de iodo como de sal.
6. Considerar oportunidades para promover substitutos do sal, particularmente onde o sal adicionado durante o cozimento ou à mesa é a principal fonte de sal na dieta.
Seja um paciente bem informado! Faça o seu check up renal!