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COMO REDUZIR O SAL NO DIA A DIA?


Quando falamos no consumo de sal na alimentação, nos referimos sobretudo ao cloreto de sódio. Uma proporção importante do sódio na dieta vem de alimentos industrializados como pão, cereais, laticínios, e sobretudo dos alimentos processados e ultra processados.


A ingestão excessiva de sal aumenta a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares, além de estar associada à obesidade, à doença renal crônica e ao câncer gástrico. Assim, as autoridades devem estabelecer políticas de saúde para reduzi-la e fornecer informações para que a população faça as escolhas alimentares corretas.


Afinal, quanto ingerir de sal por dia?


Embora as sociedades científicas estejam reunidas em torno da meta de redução da ingestão de sal, elas frequentemente diferem quanto aos limites de sódio a ser ingerido. Por exemplo, o CDC recomenda um limite diário de 2.300 mg de sódio, o AHA reduz esse limite para 1.500 mg e a OMS fica entre eles, com 2.000 mg/ dia.


Simplificando, a quantidade de sódio que devemos ingerir ao dia é de 2.000 mg, ou uma colher de chá de sal de cozinha por dia, o que equivale a cerca de 5g de sal de cozinha ao dia.


Mas segundo a OMS, os brasileiros ultrapassam em muito este limite, chegando a 12g de sal todos os dias, ou pouco mais de 4.800 mg de sódio.


O que fazer?


Além de não adicionar sal à comida pronta, devemos reduzir o consumo dos alimentos com sal escondido, sobretudo os industrializados e ultraprocessados.


Segue uma lista dos principais grupos de alimentos ricos em sódio:


⁃ Refeições congeladas

⁃ Alimentos em conserva e enlatados

⁃ Sopas e macarrões instantâneos

⁃ Fast food e salgadinhos

⁃ Carne seca ou curada

⁃ Condimentos e molhos

⁃ Embutidos e queijos

⁃ Pães e pizzas

⁃ Cereais

⁃ Refrigerantes


Qual é o sal mais saudável para o paciente renal?


Alguns sais em moda, como sal rosa do Himalaia, sal marinho e sal kosher, são ricos em sódio, mas por possuirem cristais de maior tamanho, menos sódio é fornecido por porção.


Por outro lado, o ‘sal light’, é reduzido em sódio, mas com a adição de cloreto de potássio e por isso pode não ser seguro para pessoas com doença renal crônica (DRC).


Assim, a melhor recomendação para indivíduos com DRC é evitar o sal light, reduzir a ingestão de sal (seja ele o sal refinado, rosa ou kosher) e usar ervas e temperos com baixo teor de sódio como substitutos, mas sempre revisando com seu médico e nutricionista.


8 DICAS de como restringir o sal na comida!


• Não colocar sal na comida sem antes experimentar

• Retirar o saleiro da mesa

• Evitar os alimentos industrializados e ultraprocessados

• Evitar alimentos em conserva ou frios em excesso

• Evitar molhos prontos, caldos prontos e glutamato monossódico ao cozinhar

• Usar sempre uma colher de café para adicionar o sal

• Substituir o sal por temperos naturais, como cebola, alho, salsa, cebolinha, coentro, limão e hortelã

• Ver nos rótulos a presença de sal embutido nos produtos.


Receita para se fazer o próprio sal de ervas!


A escolha das ervas depende dos gostos individuais:

1 maço de hortelã fresco

1 ramo de alecrim

1 ramo de tomilho

1 ramo de salsa

1 maço de manjericão

1 maço de coentro

1 maço de sálvia

10 dentes de alho

2 xícaras de sal marinho

Lave e seque bem as ervas escolhidas. Deixe descansar por 24h e então despeje numa assadeira, levando ao forno a 180° por 15 minutos. Bata no liquidificador e guarde num pote hermético por até 6 meses.


Fonte: Nutrinew Escola e @nutri.sandrinerocha


Recomendações para as políticas públicas de redução de sal


1. Os fabricantes de alimentos devem reduzir gradualmente o sódio nos alimentos para os níveis mais baixos possíveis.


2. Os governos devem continuar a monitorar os níveis de sódio e potássio em alimentos processados.


3. Rotular os substitutos do sal em alimentos processados ​​para garantir que as pessoas que podem ser afetadas adversamente estejam cientes.


4. Monitorar a ingestão de potássio como substitutos do sal, sobretudo para grupos suscetíveis específicos.


5. Monitorar a ingestão de sódio e a ingestão de iodo em nível populacional para ajustar a iodização do sal ao longo do tempo e garantir ingestão suficiente, mas não excessiva de iodo como de sal.


6. Considerar oportunidades para promover substitutos do sal, particularmente onde o sal adicionado durante o cozimento ou à mesa é a principal fonte de sal na dieta.


Seja um paciente bem informado! Faça o seu check up renal!


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